Azulejos # 3
Nada de confusões (Make no mistakes - em "inglês técnico"...).
Isto é arquitectura popular "contemporânea" (...) da mais genuína e "verdadeira" que eu conheço. É arquitectura ecológica (o "R" da reciclagem...), anónima (sem assinatura re-conhecida...), de inventivo desenho "figurativo" (que remete para outras "figuras"...) e de geometria "abstracta"... Arquitectura "demasiado" popular, inteligente, e genuína para ser "popular" entre os (outros) "inteligentes" todos... Tem uns bocados - a sério... - que recorda o Gaudi...
Estava na calha para sair à posta desde os primeiros dias... calhou agora...
Qualquer dia sofre uma plástica...
Isto é arquitectura popular "contemporânea" (...) da mais genuína e "verdadeira" que eu conheço. É arquitectura ecológica (o "R" da reciclagem...), anónima (sem assinatura re-conhecida...), de inventivo desenho "figurativo" (que remete para outras "figuras"...) e de geometria "abstracta"... Arquitectura "demasiado" popular, inteligente, e genuína para ser "popular" entre os (outros) "inteligentes" todos... Tem uns bocados - a sério... - que recorda o Gaudi...
Estava na calha para sair à posta desde os primeiros dias... calhou agora...
Qualquer dia sofre uma plástica...
9 Comments:
é isso, é arquitectura pop dos nossos dias, o Portugal agrário que deu a arquitectura popular do 'inquérito' acabou.
Mas.. make no mistake, existe uma diferença entre arquitectura POPULAR e arquitectura POP (inventei agora esta cena do POPULAR versus POP): a popular assenta em saberes milenares, transmitidos de geração em geração, agarrados ao sitio e às suas tradição;já a pop é o produto da aculturação diáriamente tansmitida pelo canal ignorância. Tenho andado a pensar numa coisa que este teu post me obrigou a vomitar aqui (desculpa aí): entre a arquitectura popular e a erudita,existe um passado de permeabilidade e de troca (olha pex.para as gárgulas românicas de Rates e para a escultura da Rosa Ramalho)uma espécie de cumplicidade que no sec xx se traduz, anos 60, naqueles távoras e sizas da época que a gente sabe; entre a arquitectura pop e a erudita o que existe? existe o olhar niilista, irónico, Andy Wahrol style, do intelectual que pega no 'horror' e se diverte (imenso) em atirar com ele à cara dos outros. Fosga-se, é que sempre embirrei com o Wahrol.
JFC
Antes de acabar de ler o post, cliquei numa das imagens (que pena estarem tão pequenas) e pensei: isto é "Gaudi-Tuga" no seu melhor!!!
Só com este post fico com vontade de voltar (ou linkar)!
Posso saber onde fica esta pérola da Azulejaria -POP- Portuguesa???
E as fotos podem ser editadas lá no meu tasco com devida linkagem para este???
Aguardo licença... ;)
caro JFC
um prazer voltar a ler os teus comentários (para quando o blogue?...)
"entre a arquitectura pop e a erudita o que existe?" porquê?... a "arquitectura pop" (qual?, o venturi?...) não é ou não pode ser "erudita"?
prefiro pensar à maneira do meu professor, o arquitecto Cabral de Mello, a (in)diferença entre a arquitectura popular (ou pop) e a arquitectura erudita
há muita coisa de um pretensa erudição que não descola do plano mais rasteiro... enquanto outras...
a experiência da arquitectura não decorre (como todos sabemos...) da erudição do seu autor
acima de tudo também não sei se existe essa diferença entre o "ciclo longo" da popular e o "imediato" do pop...
esses azulejos das fotos da posta estão na cozinha de Alcobaça, no Gaudi, no Irão... que estas coisas estão todas ligadas... e em falando dos azulejos então...
espreita aqui:
http://odesproposito.blogspot.com/2007/10/pormenor-do-receptculo-postal-qualquer.html
é de 21 de Outubro do ano passado...
mas deve haver outras...
&
cara curiosa
muito obrigado pela visita, pelos comentários e pelas simpáticas palavras
link à sua vontade (para linkar - ética blogueira... - não necessita autorização por escrito...)
fica em Portugal (quer mesmo saber onde?...)
Obrigada pela "licença"!
Já agora gostava de saber onde fica mesmo esta obra de rarissima beleza...!
Normalmente ficam a Norte de Lisboa...
Eu por acaso (ou não, sei lá...) até acho que é uma "obra" de uma beleza muito rara...
Ampliei as imagens... pode apreciar melhor a riqueza, a variedade (e a variação) dos padrões.
Fica a sul do Tejo, em Alcácer do Sal, porventura (vide o "deserto" do ministro "jamé"...) ainda dominam certos "lugares-comuns" sobre o que é (ou são...) o(s) Alentejo(s)...
é claro que o venturi é arquitectura erudita; ou melhor, é (em certos casos) o pop filtrado por um erudito; como o Wahrol é pop filtrado por um erudito (chama-lhe camp, se leres sontag e fores bué inteligente...); definitivamente para o wahrol versão ready-made,não tenho paciência, como não tenho paciência para o ready-made em arquitectura (atenção,não disse venturi=ready-made!) quando falei em arquitectura erudita foi mais no sentido que geralmente se dá ao termo quando aplicado à música: é erudita a música com uma história e uma teoria passíveis de serem estudadas num conservatório; o mesmo se aplica, penso, à arquitectura;
quando falas em erudição e rasteirice...sim senhor, para mim isso é falsa erudição (fosga-se! é o que não falta por aí);
não digo que um arquitecto precise de recitar Vitruvio, precise de ter desenhado Roma, ou precise de ter passado pelo 'delicioso suplício' (como dizia o outro) de ter subido à acropole de Atenas numa manhã de Agosto...mas que precisa de saber alguma coisinha, isso precisa! senão, arrisca-se a inovar, a esculpir, a ser criativo... e isso, man, é a morte do artista(erudito), tudo menos um artista criativo!.
Quanto ao azulejo, sim, gosto dele, mas nas mãozinhas do Gaudi ou dos mohameds que sabiam daquilo à fartazana!
PS- gostei também dos receptáculos postais (especialmente do do Rossi...) :)
JFC
a do "delicioso suplício" é deliciosa :)
é do corbu?
Já lá estão as ditas. Ficou pouco explicito, o post, mas só depois de 1 comentário é que percebi...
Melhores virão, hope so! :(
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