quarta-feira, dezembro 19, 2007

Operação Triunfo (Pecha Kucha Night)

Qual é o interesse de uma iniciativa que mistura (grandes!!!) artistas reconhecidos e "consagrados", como João Paulo Feliciano e os Aires Mateus (e os associados), com meia-dúzia de (ilustres) desconhecidos?
Qual é o interesse de uma iniciativa, de um "formato", que oferece 6 (six) minutes (e) 40 (forty) seconds of fame before the next presenter is up?
Give a mike to a designer (especially an architect) and you'll be trapped for hours... A-querias...
It's a cruel, cruel world, babe... (and) you've got 6 minutos e 40 segundos (pobre Warhol...) to get to the point (G) e a-mostrares o que vales...
Não sei que "conversa" (Pecha Kucha) é que isto dá, mas eu não me alimentava nesta manjedoura da koltura (e a 5 aérios a "cabeça"...) ao "rácio" de 20 segundos... o boneco...

Uma curiosidade... "linkei" o Pedro Gadanho (um velho favorito aqui da tasca...) em PKNL #2, e (curto-circuito...) regressei à casa (que partida) da partida...
Pucha, cucha, cucarucha... Lisboa (que pecha...) para quê?

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22 Comments:

Blogger formiga bargante said...

Qual o interesse?

Meu caro, o interesse reside no facto do João Paulo Feliciano estar a aquecer os motores para o regresso, em grande,da patroa a Lisboa.

Sim, a Guta volta a Lisboa, e a Experimenta passa a anual, com a benção do papa Costa.

Siga o baile...

11:24 da tarde  
Blogger Pedro BC said...

Aproveito este espaço relativamente público dedicado ao tema pecha kucha para felicitar a organização. Esperemos que chegue também ao Porto.
Um abraço,
Pedro

1:02 da manhã  
Blogger AM said...

A G(r)uta (Boca do Inferno) em Lisboa?
Xó cidadezinha mal frequentada...
Mas percebe-se... o Car-Mona-Lisa, boicotou o "certame", o (papá) Costa "reaviva"... é a logica reversionista (e contorcionista) da batata política
Minha, nossa... A possibilidade de todas as coisas...

Ó pedro, este espaço é totalmente público :)
para felicitares a organização tens o blogue dos gajos
vê lá mas é se contas como é que a coisa correu (os Mates "direitos", "arrasaram"?...)
conta-me tudo, aqui no blogue ou, se preferires, via mail

9:57 da manhã  
Blogger Pedro BC said...

Felicitar a organização foi também uma forma de contar como correu. Foi o primeiro Pecha Kucha em que participei/ a que assisti e achei que, como modelo, funciona bem. A opção pela variedade disciplinar e curricular também me pareceu boa. O curto tempo reservado a cada apresentação funciona bem quando as apresentações se montam de forma a encaixar/aproveitar o modelo. Apareceu muita gente para ver, o que também ajuda.
Quanto ao que perguntas relativamente à apresentação do trabalho dos Aires Mateus, achei interessante também, até porque vi trabalhos que não conhecia, onde trabalham com curvas, círculos e arcos, aprofundando assim os temas mais comuns de intersecção de sistemas, escavar massas para construir espaços, etc. (é uma explicação completamente simplista esta que faço, obviamente.)
Sou claramente a favor da iniciativa e, insisto, esperemos que chegue ao Porto.
Mais um abraço,
Pedro

7:04 da tarde  
Blogger AM said...

LOL
isso quer dizer que os Mateus não arrasaram mas... "encurvaram" :)
quanto ao "modelo", primeiro estranha-se e depois... também :)
aceito e agradeço a tua opinião (afinal estiveste lá...) mas não estou nada convencido com essa coisa dos 6 minutos e 40 segundos
(guess) i just wasn't made for these times (pet sounds)
mais uma vez obrigado
um abraço

7:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mateus? como é que alguém trabalha o "escavar" e depois constroi tudo em Pladur?????

É muito avançado para mim....

12:00 da manhã  
Blogger Pedro BC said...

Percebo a crítica, mas parece-me redutor reduzir as espessuras propostas pelos Aires Mateus a truques de Pladur. Os projectos que pessoalmente mais me interessam são precisamente os que, admitindo que, construtivamente é um bocado tolo inventar uma espessura exagerada, conseguem formas de materializar esses "espaços entre" enchendo-os com programa, por exemplo.
Os exemplos que muitas vezes se apresentem dos Aires Mateus são casas relativamente soltas no campo, o que não dá de facto para tirar grandes conclusões relativas nomeadamente ao potencial social dessa espessura "entre"(curiosamente, a obra que tem um papel urbano mais claro - o Centro de Artes de Sines - tem uma espessura mínima entre interior e exterior). No entanto, parece-me que a investigação deles sobre o tema da espessura é bem mais que saudades dos muros grossos da casa da avó.
Sei, e o Carlos saberá melhor que eu, que a reconquista da espessura é um tema importante no contexto contemporâneo (seja com motivações sociais, ambientais ou disciplinares), cujo interesse ultrapassa largamente a tentativa de enganar meia dúzia de tolinhos que conseguem ver numa livraria num centro comercial um trabalho do Chillida.
Um abraço,
Pedro

2:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pedro:
A leitura que faço do trabalho dos Mateus e das Espessuras é de ser algo para ficar bem nos desenhos, com manchas brancas e pretas. É elegante, sem dúvida, mas a utilização real e constructiva daquilo não corresponde ao expresso na representação gráfica. Apenas é eficaz nas conferências, exposições e publicações.

Há uma grande diferença entre Espessura e Massa. Ele foca o segundo conceito -cheio e vazio. É esse o modo que ele representa as coisas e por isso é falso.

Não se trata de estar a ser redutor ou não. Há uma enorme incoerência construtiva que fragiliza o discurso e é isso que eu critico.

Todo o mundo sabe que é mais fácil enganar uma multidão que um individuo. Talvez seja um dos únicos discordantes e por isso não encontre interessante o que ele faz, mas também nunca tive o hábito de seguir pastores...

1Ab
CP

11:40 da manhã  
Blogger AM said...

estou com o carlos
mas qual espessura qual carapuça
o trabalho sobre a espessura é mais que saudades da avózinha? ah, pois é... é reapropriação do tema da espessura das paredes conforme analisado na arquitectura "chã" portuguesa pelo George kubler e logo recuperada (na esteira do tempo longo do padrinho Byrne), pelos espertalhões dos afilhados, em jeito de crítica (pós) regionalista (que cai sempre bem entre os críticos, os historiadores e os komissários estranjas!...)
a espessura é um truque para conferir alguma "espessura" a um trabalho (a maior das vezes...) muito "esquelético", e a um discurso de "autor" - porreiro (pá!) para as revistas e para os saraus académico tipo Puxa Xuxa... - mas completamente desfasado das necessidades e dos "problemas" (Souto) da arquitectura
quantas mil vezes o discurso "puro e duro", "disciplinar", do Souto Moura...
os aires mateus estão para a arquitectura como o cinema europeu (vertente francesa...) está para o cinema de autor
não há paciência para tanta verborreia e para tanto "escavar"
raio de coisa a arquitectura "tema"... e quando dizes que a tua explicação para a "exploração" do "tema" das "curvas" é "simplista" estás a cair no logro... estás a perpetuar o discurso hagiográfico do mito dos "grandes arquitectos" do sul...
a verdade é que é mesmo muito simplista, apenas "parece"... compl...exa, ora essa...
e isso não me interessa para nada
por acaso não mostraram slides da bisarma do rato?...

11:54 da manhã  
Blogger AM said...

não tinha lido este último comentário do carlos, mas subscrevo

11:57 da manhã  
Blogger Pedro BC said...

Caro Carlos, tratando-se de falar das potencialidades da espessura "a sério" (como espaço de ligação entre cidade e arquitectura), até prefiro ver os trabalhos e investigações mais recentes de Lacaton&Vassal(Escola de Arquitectura de Nantes/ Torre Bois le Prêtre))ou Herzog&deMeuron (Estádio Olímpico de Pequim) o que me leva a voltar atrás e sublinhar que percebo a tua crítica.
Não estou a defender o pastor, só digo que não me parece rigorosa nenhuma das definições "extremas" (porque nem a massa representada nos desenhos é totalmentne real, nem é sempre totalmente falsa, e apoiada em truques de Pladur).
Quanto ao hábito de seguir pastores, eu tenho-o. O que faço é seguir vários ao mesmo tempo e só até ao pasto que me interessa.
Ainda em relação ao Pecha Kucha, parabéns pela apresentação. As imagens representavam muito bem os conceitos de intervenção (não só mas também porque se soltavam da concretização real das propostas para se tornarem mais comunicativas e, - porque não? -, mais elegantes)
Um abraço,Pedro

12:05 da tarde  
Blogger Pedro BC said...

Defini a explicação como simplista porque me limitava a descrever que apresentaram trabalhos que não conhecia e falei das tais curvas para os descrever minimamente. Não usei "simplista" nem no sentido de vénia do "há muito mais que isso",nem no sentido crítico que defendes. Ressalvei o lado simplista da minha descrição porque estava só a descrever a alguem (neste caso, ao Antonio), um bocado do que tinha sido apresentado.
Mais um abraço,
Pedro

12:09 da tarde  
Blogger João Amaro Correia said...

isto foi tudo mal programado. devíamos era ter combinado copos e ter discutido estas coisas in situ e em tempo real. não?

3:26 da tarde  
Blogger AM said...

antes pelo contrário, joão

a vantagem da blogo é permitir a quem lá não esteve (a quem, pelos mais diversos motivos, lá não tenha estado) ficar a saber alguma coisa (inha)
a vantagem da blogo, com blogues como este despp., que pescou esta posta (e estes comentários) à linha... porque com blogues "oficiosos" como o blogue do "puxaxuxa" ninguém fica a saber nada
ó pedro, não digas que também defendes a "escassez" de "informação" do blogue dos gajos?
outra vantagem de escrever na blogo sobre isto, é permitir algum tempo e distância sobre os acontecimentos...

post... o blogue em causa está linkado na posta

6:49 da tarde  
Blogger AM said...

ah, suprema perversidade....

e que tal o pedro a comentar a apresentação do carlos (e o carlos a comentar a apresentação do pedro...) e o joão a comentar os dois?...

proposta indecente... fico à espera...

6:51 da tarde  
Blogger Pedro BC said...

Não defendo escassez mas por acaso acho que o blog do Pecha Kucha é uma boa base. Tem os registos sobre o que se passou em cada uma das noites (não sei passado quanto tempo de cada sessão são publicados) e uma caixa de comentários aberta.
Tenho pena que não tenha por lá mais comentários, obviamente, mas não me parece que seja uma opção pela "escasez" por parte da organização.
Quanto aos copos e em tempo real para se falar um bocado, parece-me ótima ideia e, essa sim, uma vertente que esperaria existir na Pecha Kucha e não foi tanto assim.

6:59 da tarde  
Blogger AM said...

obg. p.

hum... claro... com a "arquitectura ecstasy" só se bebe água :)

7:12 da tarde  
Blogger AM said...

"Tem os registos sobre o que se passou em cada uma das noites..."

tipo: ... jovem arquitecto do Porto que se deslocou propositadamente à capital para partilhar os seus mais recentes projectos; e a indisciplina do Pedro Gadanho.

http://pechakuchalisbon.blogspot.com/2007/09/pknl-2-reviso-da-noite.html

a indisciplina do Pedro Gadanho!!!

é a isto que tu chamas "registo"?
pobrezinho, quero dizer, "escasso"... não te parece?...

já estou a imaginar a próxima posta...

o "irreverente" pedro que se deslocou propositamente do porto e o "contestatário" carlos que se deslocou propositadamente de barcelona...

please...

7:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu vim passar o Natal à terrinha como bom emigrante. Não vim para o Pecha Kucha. Apenas coincidiu isso e uma aula numa das universidades da bela capital.

Quanto às apresentações, lamento mas não vi a maioria. Estava nos copos com outros Jovens Arquitectos sem trabalho deste pais...

A minha apresentação? uma vergonha... só se salvaram os slides...

10:19 da manhã  
Blogger AM said...

provavelmente o pedro também não veio propositadamente...
mas isso agora também não interessa nada...
Constato que não constestaste o contestatário... :)

11:55 da manhã  
Blogger João Amaro Correia said...

eu estava a boiar em martini bianco, justamente para esquecer a falta de trabalho a que o carlos alude.

9:18 da tarde  
Blogger AM said...

a boiar em martini bianco, eh, eh, eh... muito lux, muito... "beleza americana" :)
abraços para todos

10:03 da tarde  

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