domingo, outubro 14, 2007

uma espécie de "pré-pós-modernidade"

Para MGD (Actual, Expresso de 13 de Outubro) a obra de Pancho Guedes é mais uma contra-resposta (adiantada no tempo), ao beco sem saída de uma certa interpretação do moderno, do que propriamente uma "alternativa" (...), sempre em provocante rotura com os rígidos princípios que caracterizam o modo mais "calvinista" de estabelecer limites para a Arquitectura (...)"
Não vejo em que é que a obra de Pancho Guedes consubstancia uma espécie de "pré-pós-modernidade", "adiantada" ou (por outras palavras) "fora" do (seu) tempo. A arquitectura de Pancho Guedes inscreve-se com toda a "naturalidade" (não gosto da palavra, mas "ajeita-se"...), na sua natural-idade... na idade da revisão do "projecto moderno", seja 1) pela "re-visitação" (e higiénica "limpeza") do projecto "original", já então (ou quase sempre?...) "abastardado"; seja 2) pelo "revisionismo" (nalguns casos muito necessário...) da "história" (também) do moderno... e do seu "passado"...
Não queiram fazer do homem um "bicho-raro", nem da obra, um "bicho de sete cabeças"... com (pelo menos) 25 "estilos" diferentes...
Até na "estrangeirice" do contingente ("estrangeiro"...), Pancho Guedes (estou a pensar nos arquitectos Raul Hestnes Ferreira ou Manuel Vicente...) é o retrato dos melhores arquitectos portugueses da sua geração...
Tanta "arrumação" ("crítica") para quê?...

2 Comments:

Blogger linfoma_a-escrota said...

SABES QUE MAIS

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take this for post-modern:

Utente és tu, percevejo edénico
que deixa opinion makers encaixarem a
star seed no escarcéu da silly season,
permites que pousem como farmacólogos
com fiapos ice de pigmento altruísta
na fala amarrada à cave do próximo
episódio; juventude vincada a contrasenso
escalda, engatilhada mas sem cartuchos
escoa-se em esquecimento homeopático
e as certezas neuroteístas subelevam-se
quando a saudade procurar esferográficas
na braguilha dos iníquos, lesões de flanela,
abordagens para um coma acompanhado
que, pura e dificilmente, sempre existirá
como gargalo esfíngico involuntariável;
alheado, mas repleto de humadróides,
teme as convulsões extraídas pelas termas
de enxofre para capturar a enxaqueca à
qual a masmorra de pandora lhe afivela
os tornozelos trinchados arbitrariamente.

Navegando pelos cantos da mesma maca,
sem noção das expressões conjecturadas
esperneia-se na piscina de potássio como
salamandra no caldeirão de obélix, desde
o cigarrinho, passando pelo narguilé, usa
bongos vários, chillum e até vaporizador,
reencarna o decepcionante descaramento do
melting pot onde foi feito refém de plasticina,
como o golem que encaixotou o general-sem-
-medo na fronteira espanhola, baixa a capota
que a próxima sentinela redimir-te-á da culpa
beige que respiras sem engolires nem roubares,
sou só mais outro, que diferença farei? Basta
não visitares videntes tarôt e nunca o encararás
já esquartejado e destilado até ao vaticanús –
digo-me – nem fazes ideia o que a providência
me fez hoje querida; e lá vem a confidência de
covil como assistência anthrax para reparar a
redoma destrinçada e cessar de ruminar sobre
estorvos escusados, escoará todos os rebuliços
e falcatruas até à amistosa guaxini de cara triste
recatada em rímel e renda rasgada ponderando
se seu reportório é um fracasso formidável ou
se será a inépcia do namorado em empolgar-se;
enquanto amianta qual a abordagem para persistir
sem lhe consternar as estribeiras ribombantes,
já sonha ele: com pielas de harmina, chapeleiros,
condecorações honrosas em torneios de magik
thegathering, prostrar-se em passeios de nudistas
só com um post-it da sua patroa cobrindo-lhe a
esplêndida genitália, red bull dá-te asas pingado
com miligramas de bromazepan, clomipramina,
quarteirões em motim não contendo a violência
resguardada contra todo o paladino a destituir
que se note que trava o som das sinapses como
se fosse Kali ou Shiva; ficou surdo de si sem saber,
movimenta-se parado intrometendo escadotes
como hiperfântico tresloucado chorando pelos
céus sincrónicos do pastoralismo tolteca e pode
ficar escatológicamente escornando tifóides
à toa com o cachetete da academia da tutora,
porque nutre a desolação que acarreta de ter
sido emulsionado pela anátema do Hezbollah
com a radiação interna do polónio210 e olhar
agora as ameias antigas dos navios cargueiros
de viagens fantasiadas como mais que perfeitas,
só que seu rubor intravenoso não passa doutra
furgalha experiência MK-ULTRA sobrejectiva,
para contradizer o behaviourismo e convencê-lo
de que é: tanto um leucémico terminal intitulado
de Salmo RushDie, o Gagarin, enzima imigrante
da força policial francesa no Maio de 68, ou um
cantarino de clarim radical ludita vendendo auto-
-corãoDisses na praça Jamâa El-Fna, Marraquexe.


in quimicoterapia 2004

6:29 da manhã  
Blogger AM said...

obg l-a-e

9:00 da tarde  

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