quinta-feira, maio 24, 2007

Ética Profissional

A despropósito do que o GAD escreveu aqui e aqui, reparei (sou mesmo "tapado"... só agora é que eu reparei numa coisa destas...), reparei na espantosa circunstância da "coincidência" entre o nome de alguns dos Komissários da Gloriosa Trienal de Capital (a começar pelo nome do estaminé do Komissário-Mor), e alguns dos autores seleccionados para as exposições Eurovisão e Euronews (tão "giros", estes Xizes...) da "Exposição Portugal".
Enfim... bem mais significativo da ( ) ética profissional que reina entre os colegas, que perder tempo com postas a analisar as presenças e/ou as ausências (sempre polémicas) dos cromos "convocados".

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13 Comments:

Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Não vale a pena escrever sobre assuntos sérios. Chego à triste (ainda que previsível) conclusão de que (detesto escrever de que) a "malta" só se interessa pelas "fofocas"...
Acaba por ser uma amostra da nossa triste realidade; todos se queixam, mas são raros os que "dão a cara".
Cara?! cuidado...
Tenho vindo a reflectir tranquilamente se vale a pena o "mau latim" que tenho vindo a gastar... Porque desgasta. E desgosta.
Antes de "fechar a porta" ainda tenho algumas coisas para dizer.
Depois, caros amigos, "sopas e descanso" porque já não tenho paciência para explicar o que é óbvio.

1:36 da manhã  
Blogger Pedro Machado Costa said...

de que a malta só se interessa pelas fofocas não é bem verdade.
Concordando de todo com a curiosa orgânica que gira em torno da Trienal [que, sejamos sinceros, não é muito diferente daquela que já andou à volta de outras coisas...desde os trabalhos dados pelo IPPAR no tempo do outro senhor à referida orgânica, como aos grupos de académicos - chamemos-lhe assim - que se cruzam todos os dias para os lados do Cais do Sodré (mas também em muitas outras escolas)]. Evidentemente que vale a pena o Latim...só acho que nem por tudo vale a pena desgastar e desgostar. Até porque ainda há coisas mais agradáveis em que gastar o tempo e a energia antes de nos tornarmos em coisas iguais (ou pior, em homens amargos).... haverá 3ª via?

2:14 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Homens amargos?! Ou será antes homens que têm coisas para dizer que amargam os sentidos de outros?
Só as mulheres são capazes de fazer essa destrinça...

2:31 da manhã  
Blogger AM said...

espero que sim (já uma vez aqui escrevi qualquer coisa sobre isso de uma 3.ª Via para a ordem dos arquitectos...)
ao contrário de outros liberais (+) radicias :), prefiro continuar a iludir-me com a necessidade de uma organização (ordem, associação, sindicato?...) semelhante, e no actual estado do estado selva a que chegou a desregulação da profissão, ainda mais...
em latim, ou noutro dialecto qualquer (Jamais!), admiro todos os que dedicam parte do seu tempo livre, à nobre e gratuita arte de blogar, mesmo aqueles de quem gosto menos (ou nada) e que fazem dos blogues trampolins para outros voos (sim, "esse"...)
só tenho pena que sejam poucos (porque será?) os blogues (tb) sobre arquitectura
uma coisa que se presta tão bem ao meio... basta digitalizar uns esquisso ou partilhar umas fotos... não é necessário, sequer, ter qualquer coisa para dizer...
gostei da alusão às colegas do cais do sodré :)
espero que o GAD, se mantenha "entre nós", por muitos e bons anos de boa arquitectura... e boas postas

12:51 da tarde  
Blogger Marta said...

O barriga_trapezista catapultou-se para a máfia dos eventos dos tristes de lisboa.

Haverão dias melhores, quando os resistentes conseguirem expulsar os cancros do país e fazer deste mini-país-de-canto uma coisa à séria.

Ou então temos sempre a solução da imigração, é preciso é não ficar parado nem se render à malta do folhadinho de salsicha, do croquete e do rissol.

E venham daí as farturas despretensiosas.

5:37 da tarde  
Blogger AM said...

:) obg marta

Mais farturas, daquelas bem ensopadas em gordura e reboladas no açúcar e na canela... com café das velhas... já a seguir!

Tu põe-te a pau com o Um Big O! :)

5:50 da tarde  
Blogger Pedro Machado Costa said...

pode ser que d'entre homens amargos e homens que amargam a diferença seja alguma... e no entanto recordo-me das amarguras que transformaram a ironia em cinismo ou, ás vezes, em mero desespero travestido de terno desprezo. E isso é um peso com que não queremos acordar. Só para recordar alguns: M. Vicente a reagir ao mundo todo (ao mesmo tempo) desde que o Portas se dele esqueceu no seu périplo internacional com o Saal do Siza debaixo do braço; ou o Vitor Figueiredo (pese embora a má relação do GAD com a figura) pelo falta de reconhecimento que tardou; e, talvez, o MDG, que já foi brm menos amargo.

11:48 da tarde  
Blogger AM said...

Gostei da imagem do M. Vicente a reagir ao mundo todo (ao mesmo tempo)
Qual "má relação" do GAD com o V.F.?

12:22 da manhã  
Blogger Pedro Machado Costa said...

apenas uma história, daquelas histórias mitificadoras que se contam em volta de uma mesa de café...neste caso julgo (e espero que a memória ou o mito não me atraiçoe), o corpo do mito é o VF, e o resto, aquilo que refere uma terceira pessoa (GAD ou não GAD), julgo, será pessoal...o que me limita a indiscrição

1:24 da manhã  
Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Esclarecimento:
Não sei e também não estou interessado no que se diz nas "conversas de café".
Relatativamente ao Vitor que, infelizmente já não está entre nós, devo dizer que fomos amigos e mantenho um profundo respeito pelo Homem e pela dedcicação e entendimento puros que ele tinha pela Arquitectura.
Como amigos que fomos, sinceros e verdadeiros, tivemos as nossas brigas e "birras".
Só a nós (agora a mim) nos diz respeito.
Curiosamente, na sua "despedida" vi muito poucos daqueles que o bajulavam e lhe abanavam a cabeça, como fazem os cãezinhos que os mais "bimbos" põe na "chapeleira" dos carros.
Acima de tudo o Vitor ensinou-me a não usar aquilo a que chamava "a mala de truques do arquitecto". Ensinou-me o caminho da coerência. Ensinou-me o valor dúvida, para além de coisas aparentemente menos importantes mas igualmente marcantes e pessoais.

O Vitor frequetava o meu pequeno atelier em S. Pedro. Considerava-o como um dos locais onde "se pode chorar".

Por respeito à sua memória, o meu comentário fica por aqui. Desta vez vou-me conter, vou engolir em seco.

10:19 da manhã  
Blogger AM said...

Este comentário foi removido pelo autor.

11:38 da manhã  
Blogger AM said...

(agora sem erros...)

muito obrigado aos dois pelos comentários, especialmente ao GAD, pela partilha com os leitores do blogue do seu "testemunho" sobre o VF.

eu não tive o prazer de conhecer pessoalmente o arq. Vítor Figueiredo, mas fui (e felizmente ou infelizmente - ainda sou...) aluno do arq. Cabral de Mello, seu conhecido amigo e "divulgador"

confesso, a tê-lo conhecido, alguma falta de pachorra para tanto "choro", tanta comoção (ou e-moção), tanto "phatos"... mas a minha admiração pela sua obra que conheço razoavelmente, não tem limites... e só tem comparação, na arquitectura portuguesa, com a evidente admiração pela obra do Siza (que, aliás, o VF gostava de provocantemente desdenhar...)

a minha admiração, foi suficiente para fazer mais de 100 km para (pouco) o ouvir falar na sociedade de geografia, sobre o prémio Sécil da escola das Caldas, pouco antes de, soube depois, morrer... ou para, sempre que posso, ou melhor, sempre que calha, voltar a visitar as suas obras

curioso (ou nem por isso...) como numa posta sobre a falta de ética profissional dos meninos da trienal, acabámos a relembrar heróis de outros tempos...

penso que podemos ficar por aqui...

agora... às (outras) postas, malta, que odp, fervilha de criatividade...

11:40 da manhã  
Blogger Pedro Machado Costa said...

apenas um PS: lamentavelmente a minha primeira referencia a GAD funcionou no sentido oposto à minha verdadeira intenção: a minha ideia (ao referir autores supostamente amargos), contituiria uma resposta ao 1º post do GAD, que (imaginava eu) não seria credivel a GAD se lhe referisse alguém (neste caso VF) cujo próprio GAD não tivesse em conta.
Assim não sendo resta-me, obvia a sinceramente, apresentar desculpas ao GAD (porque não a VF), e pedir-lhe que a engulidela a seco não seja assim tão dificil de digerir. Afinal a intenção nem era má de todo.

1:18 da manhã  

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