sábado, dezembro 23, 2006

GB CCB

Não tinha qualquer intenção em visitar a exposição "Geografias Vivas" que expõe algumas das obras do Arq. Gonçalo Byrne ("repescadas" da "representação Portuguesa na VI Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo em 2005"); uma (outra) exposição (bem) representativa da (falta de) estratégia com que o CCB disfarça a ausência de uma programação própria na área (das exposições) de arquitectura.
(Falhava a exp. do Byrne, as fotografias "encomenda" da Cândida... ah, e como esquecer, o vídeo com a "unidade de habitação" Pós-Moderna...)
E falhava porque acho a arquitectura do Byrne, muito pouco interessante... (obra de "segunda linha"...) ora agora um pouco mais ao Siza, ora agora um pouco mais ao Gregotti... muito oficial e oficiosa, "arquitectura do regime" - obra de "sucesso junto da encomenda pública desde a década de 90" - nas palavras de Ricardo Carvalho, (ou seja, depois do concurso para o CCB...), enfim... uma seca... também nos lugares comuns da disciplinar (disciplina) sobre o território, a paisagem e o "tempo longo" (que de qualquer modo, continuam "actuais", porque são (?) e serão (?) "eternos"...)
Depois de ler o artigo de Ricardo Carvalho no Mil Folha do Público de ontem, mudei de ideias. Não quanto ao meu juízo (muito particular, reconheço) do valor da obra de "um dos mais interessantes arquitectos portugueses..." mas quanto ao interesse em visitar a exposição propriamente dita. Ao que parece, passam por lá uns vídeos com o (Ex-)Presidente "Pá" (Ex-Pré e não Ex-Pá), com o Mestre Siza (esse sim...) e com o Nuno Portas (que vale sempre a pena ouvir...)
Ainda não visitei mas, afinal, recomenda-se.