João Mendes Ribeiro
O bife do Lombo (salvo seja) do N.º 2 da Revista "mais arquitectura" é a conversa (alguma problema com a palavra "entrevista"?) ao João Mendes Ribeiro, um dos casos (+) significantes do (enorme) "intervalo" entre a relevância da pratica profissional (da arquitectura) e a "atenção" das Revistas... (e agora, involuntariamente, do blog). Vai com calma, perfil de ressabiado, que o homem, fiquei a saber, foi (recentemente) agraciado (2006), com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique "pela Presidência da República Portuguesa".
(Por favor... Senhor... Um Português! Um Português, que seja, que tenha recusado a acção de "agraciamento" da comerdazinha... da república).
A entrevista (estranhamente moderada) contém (ainda assim) duas pérolas. Passo a citar:
"Trabalho em planta e muito em corte. A fachada é uma representação totalmente consequente da planta e do corte."
"O Albano (da Silva Pereira) pretendia promover exposições de arquitectura naquele espaço (C.A.V. em Coimbra) e fazia algum sentido ser eu o primeiro arquitecto a expor, já que tinha sido o autor da reabilitação daquele edifício."
A primeira citação repõe uma "querela" que julgava ultrapassada... mas que pelos vistos não está. A segunda é mais problemática... "escapa-me" (Humilde, estás por aí?) a "evidência" da quantidade de "sentido" na escolha do "autor"... quer dizer, "escapar" não escapa, mas deixa ficar assim, tal e qual escrito.
Eu, como já devem ter percebido, não gosto da arquitectura do JMR. Visitei (propositadamente) a Casa de Chã, em Montemor-o-Velho, apesar de ficar fora da rota LX/Algarve (Humilde... JPP... cú, cú!) para o poder afirmar (confirmar?). A caixa Mini-Mies, versão "bolacha baunilha" com "contentor" técnico, de "serviços", resiste mal às necessidades de um prosaico café-esplanada... com falta de espaço para as arcas frigoríficas com gelados da Olá, e para as grades de cerveja... Ah! mas a presunçãozinha... (a fazer-se à comenda, que mais tarde ou mais cedo, haveria de chegar...) na "reprodução" da Casa Farnsworth (do Mies, claro). Não está nada mal visto... não fosse o Mondego, galgar o cerro do Castelo!!!
E esperemos, cruzes-credo-canhoto, que não lhe aconteça mal nenhum (ao arquitecto), porque (politica-mente incorrecto) em cadeira-de-rodas já não pode ir ao chã... Que falta... Era o que faltava, "abafar" o pequeno sinal de "um degrau, que se destaca, em pedra de mármore branco",
lá se ia a comenda, a exposição, a entrevista...
Fade Out.
(Por favor... Senhor... Um Português! Um Português, que seja, que tenha recusado a acção de "agraciamento" da comerdazinha... da república).
A entrevista (estranhamente moderada) contém (ainda assim) duas pérolas. Passo a citar:
"Trabalho em planta e muito em corte. A fachada é uma representação totalmente consequente da planta e do corte."
"O Albano (da Silva Pereira) pretendia promover exposições de arquitectura naquele espaço (C.A.V. em Coimbra) e fazia algum sentido ser eu o primeiro arquitecto a expor, já que tinha sido o autor da reabilitação daquele edifício."
A primeira citação repõe uma "querela" que julgava ultrapassada... mas que pelos vistos não está. A segunda é mais problemática... "escapa-me" (Humilde, estás por aí?) a "evidência" da quantidade de "sentido" na escolha do "autor"... quer dizer, "escapar" não escapa, mas deixa ficar assim, tal e qual escrito.
Eu, como já devem ter percebido, não gosto da arquitectura do JMR. Visitei (propositadamente) a Casa de Chã, em Montemor-o-Velho, apesar de ficar fora da rota LX/Algarve (Humilde... JPP... cú, cú!) para o poder afirmar (confirmar?). A caixa Mini-Mies, versão "bolacha baunilha" com "contentor" técnico, de "serviços", resiste mal às necessidades de um prosaico café-esplanada... com falta de espaço para as arcas frigoríficas com gelados da Olá, e para as grades de cerveja... Ah! mas a presunçãozinha... (a fazer-se à comenda, que mais tarde ou mais cedo, haveria de chegar...) na "reprodução" da Casa Farnsworth (do Mies, claro). Não está nada mal visto... não fosse o Mondego, galgar o cerro do Castelo!!!
E esperemos, cruzes-credo-canhoto, que não lhe aconteça mal nenhum (ao arquitecto), porque (politica-mente incorrecto) em cadeira-de-rodas já não pode ir ao chã... Que falta... Era o que faltava, "abafar" o pequeno sinal de "um degrau, que se destaca, em pedra de mármore branco",
lá se ia a comenda, a exposição, a entrevista...
Fade Out.
posted by AM at 5:34 da tarde
4 Comments:
Vai para lá (A&V) a falar assim que és logo corrido, seu Charlie Junkie de meia tigela que não sabe distinguir um agraciado de um caído em graça.
Parabéns e continua em forma.
No tempo e no modo.
Quem ler este post fica na dúvida quem é ressabiado... mas isto é só a brincar ctg! Concordo contigo relativamente à Casa de Chá, uma arquitectura que aposta no contraste entre a intervenção minimal do objecto e a beleza da ruína, produzindo um edifício sem grande inovação e com pouco "suminho". De qualquer forma parece-me bastante superior às normais (e muitas vezes banais) intervenções em património. Mas se queres realmente ver o que ele vale como arquitecto, tens que ir ao Centro de Artes Visuais, em Coimbra. Aí podes ver a sensibilidade e cuidado que ele possuiu ao requalificar edifícios, retirando deles o que menos lhe interessa e potenciando as suas principais qualidades, conseguindo simultaneamente introduzir novas valências sem ferir ou diminuir a "alma".
Isto de tu usares muitas aspas e parêntesis pega-se... ou talvez não.
Só mais uma coisa... curto a noção nada egocêntrica de eles poderem usar sem autorização o teu texto, e nós nem sequer podermos fotocopiar a revista...é um fartote!
...e a arte!
e eu a pensar que era mauzinho. ainda tenho muito que aprender. ahahaha
ora assim é que eu gosto...
3 comentários, 3 :)
obrigado a todos
por este caminho (e por falar em mauzinho) ainda acabo linkado pelo Daniel... no barriga... :)
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