das traseiras do tribunal à oficina nos arredores do complexo municipal

desenhei uma linha (quase) recta (mas como "quase" recta... ou é recta ou não é... é que no desenho das cidades, as rectas, as melhores rectas, adquirem, por assim dizer, certas "propriedades" mais... topológicas...)
apanhei as sombras (as sombrinhas) todas (do chão, como as pedras...)
loteamentos banais, lotes por "encher" (cheios com "erva fálica"), pracetas tristes com (tristes) bancos e "ilhas ecológicas" (da primeira - como os PDM's - "geração"), quintais pobres, casas (as velhas ou as novas?) "desalinhadas", as mercearias, os minimercados (que reabrem dia 17), as (manas) viúvas (!?) ao fresco na soleira da porta, os leões (pimbas, pintados) nas paltibandas (à sombra do alpendre clandestino), as lojas dos chineses, as igrejas (evangélicas), a arquitectura de "autor", de arquitecto, na sua sucessiva irrelevância dos "tiques" das (sucessivas - ora Po-Mo, ora neo-Mo...) modas...
(não podia ser mais "romano" - ou mais Magreb...)
e os putos da escola, no primeiro dia, o do regresso... aos magotes no quiosque que (um dia) fez (deve ter feito...) "noticia" (local)
nas nossas ruas, aos anoitecer (rimou o poeta)
como em Setembro, a las quatro de la tarde
(e meia)