terça-feira, outubro 12, 2010

foder ou não foder, eis o contexto

receei (receei - que raio de palavra...) receei que o xatoo estivesse a perder qualidades quando, na caixa de comentários desta posta do TMS perguntou se a "mancha de água" era o atracadouro dos "yatch's" (um xatoo ao seu melhor nível teria afirmado que a "mancha vermelha - a alastrar... - era uma "sample" de "sangue contaminado"...)
leio, agora, que estava apenas a comentar à defesa e a (a) guardar "os melhores argumentos" para posta própria
replicando o insuficiente argumentário de TMS (sorry T.), repete a ladaínha da falta de civilidade da implantação de um edifício privado em tão excepcional localização e a "atitude" "face" (a face...) ao contexto como sendo a de um hipotético desprezo pela (arquitectura da) cidade e pela "história de tudo o que o rodeia" (um argumento "estranho", muito muito pouco "revolucionário", que por certo não deixará de partilhar com a mais grunha e reaccionária direita da tugolândia e quem sabe - muito lá no seu âmago - com o próprio "sentir e sensibilidade artística" - uma marquise é uma marquise é uma marquise... - de Cavacus Xilva himself...)
sobre a instalação de unidades de saúde privadas (triste "sintoma" do estado a que chegou o estado do SNS xuxialista) muito haveria para dizer, mas por agora creio ser apenas oportuno recordar outras unidades de saúde (privadas) recentemente construídas em Lisboa, na Expo ou a voltas (paradas) pela "segunda circular"
de diferente, goste-se ou não, apresenta a fund. champ., um estatuto "cientifico", de "investigação", que a distingue e enaltece, um "estatuto" que na minha opinião "enquadra" - sem eventualmente plenamente "justificar"... - a "razão" sua localização
(e que cousa é essa de "justificações" em arquitectura - esta posta incluída - se não "trejeitos" artísticos para dis-torcer o bico da "nossa" linguagem em bicos - riscar - de linguagem "alheia"...)
em resumo, um equipamento de excepção com aquelas características, numa área urbana (ou quase...) degenerada (por oposto a "regenerada"...) junto a uma doca em Pedrouços não me incomoda minimamente (nem incomodaria muitos outros, estou convencido, não fosse o "sub-texto" - o "contexto"... - político da sua construção e divulgação...)
quanto à f*** mal dada... é caso para dizer que acontece até aos melhores... projectistas...
a ideia que a "forma" (Sibéria com ele...) do edifício é "anti-contextualista" (por não se "relacionar" com o quê em particular já agora...) parece "filha" da... natureza da mesma filha da putice de todos os obstáculos epistemológicos que fazem, com que querem fazer, da (forma da) arquitectura, tratados de "correcção" da melhor forma políticó-arquitectónica...
"correspondência" natural (grrr), "directa", entre a forma arquitectónica e a forma política pura e simplesmente não existe!
peço desculpa, pela linguagem, por tudo, ao TMS, ao xatoo, aos herdeiros (se os tiver) de Estaline, aos deserdados, todos, mas isso é apenas converseta (mole) de gente bem... intencionada... (e de conversetas de gente bem...)
a "arquitectura" como ensinam tantos autores e tantas obras não é "boa" ou "má" (leia-se, de "esquerda" ou de "direita"...) por ser "contextualista" ou "anti-contextualista"
por foder (ou não) com o "contexto"
(o arquitecto - não escrevo o nome que é para não o emparelhar com as palavras que vão ficando por esta posta... - o arquitecto do proj. em questão fez o que havia a fazer: partiu o "bolo", criou "corredores" e "corredores de vistas" entre o rio e a cidade, deixou um edifício "icónico" num sítio que, precisamente por ser de excepção, "pedia" um edifício "forte" e fortemente expressivo - escrevo ainda antes da esclarecedora visita... - muito como a Opera da outra baia... ou como o pav. de Portugal do Siza... estava até capaz de arriscar que as curvas da fund. champ. são como que a "pala" do Siza... disposta ao alto... e só não acrescento que são como "velas" porque agora no pós-não sei do quê "contemporâneo" não podemos ser... "simbólicos"...)
na sequência de limitadas leituras da noção de "regionalismo crítico", criou-se, deixou-se criar, a (falsa e perniciosa) ideia, que tudo o que é "starquitectura" (Kualhas, FOG, etc.) é anti-contextualista
de uma vez por todas... agora vai mesmo em maiúsculas: O GUG DE BILBÃO DO GRANDE, ENORME, FOG (GEHRY) É TÃO ANTI-CONTEXTO QUANTO O SÃO OS "REVOLUCIONÁRIOS" BAIRROS SOCIAIS (VANGUARDA HOLANDESA DOS ANOS 20...) DO SIZA...
e agora, vão
se
em paz

6 Comments:

Blogger alma said...

LOL
SIM SENHOR AM :)
de volta ao ringue :)))

não pára de Fo... até depois de morto
deixa-nos um obra que incomoda...

9:51 da tarde  
Blogger AM said...

LOL :)
obg :)
é o regresso de mODPé ali :)))
http://www.youtube.com/watch?v=BrwcEVpNudA

10:04 da tarde  
Blogger alma said...

BRILHANTE :))))))))))))))))))))))))

10:10 da tarde  
Blogger AM said...

LOL :)
sem deslumbramentos :)

10:14 da tarde  
Blogger alma said...

AM
finalmente percebi:
Aquele espaço
só, é desagradável
porque é uma
das entradas para o inferno...

8:41 da tarde  
Blogger AM said...

uau :)
stargate to hell :)
isso é tão "gótico" :)

8:47 da tarde  

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