A Lição da Arquitectura
Pimlico School & Leicester University
Não é que não existam, ou que não possam existir, outras razões, "extra" arquitectura, por assim dizer, para a (eventual) demolição, mas não deixa de ser algo "confrangedora" (para um arquitecto, pelo menos...), a "falta de saúde" e a "inflexibilidade" (ou a "inadaptabilidade") dos dois edifícios acima "linkados", à(s) "realidade(s)" do(s) nosso(s) tempo e à incerteza de outros tempos... (porque "atrás dos tempos"...)
Que diabo... de edifícios "aclamados" e de "obras-primas à escala mundial", sempre se esperam (ou não!?...) mais que umas magras dezenas...
"Duremos na duração da obra"?...
Não é que não existam, ou que não possam existir, outras razões, "extra" arquitectura, por assim dizer, para a (eventual) demolição, mas não deixa de ser algo "confrangedora" (para um arquitecto, pelo menos...), a "falta de saúde" e a "inflexibilidade" (ou a "inadaptabilidade") dos dois edifícios acima "linkados", à(s) "realidade(s)" do(s) nosso(s) tempo e à incerteza de outros tempos... (porque "atrás dos tempos"...)
Que diabo... de edifícios "aclamados" e de "obras-primas à escala mundial", sempre se esperam (ou não!?...) mais que umas magras dezenas...
"Duremos na duração da obra"?...
posted by AM at 11:41 da tarde
6 Comments:
aqui estou como o outro: se aquilo não foi feito para durar, bota abaixo. Se aquilo foi feito para durar, então pensa duas vezes antes de botar abaixo.
*Duração* e *permanência* são dois conceitos que não fazem parte do pensamento moderno/pós-moderno.
JFC
não estamos a falar de nenhuma "pirâmide", mas acho que "aquilo" foi feito para "durar" muito mais que a tal magra dezena de anos...
não concordo que "duração" e "permanência" não sejam "conceitos" modernos barra (e/ou) pós-modernos
existe muita arquitectura moderna (e também "pós-moderna"...) que "apela" (ou que "recorre") a esses valores...
os conceitos de duração e a permanência não são exclusivos de nenhuma (ou de todas) as "tendências"... reaças e anti-modernas
se "subirmos" da "fineza" da teoria, à (filha da) prática, estou certo que encontramos milhares de exemplos...
moderno é o adolf loos, é o robert venturi (provocação n.1), pós-moderno é o rossi, o siza (provoação n.2) e o souto...
não concordo... mas gosto muito que comentes... volta sempre, ou melhor, "arranja" um blogue (ou "get a blog, punk!" - em inglês técnico...), isto anda tão parado...
o que eu queria dizer era mais o seguinte: a vanguarda mais dura do pos-modernismo do início dos oitentas do sec passado (Kriers e Terrys)era pelo tijolo, pedra, argamassa, madeira (ferro a ver vamos, pq como dizia o Ruskin,não tinha nobreza...);diziam os camafeus mais ou menos isto: com betão não fazes um panteão, ai não fazes não! fazes umas coisas que duram sessenta anitos (se forem bem feitas); dito isto, falemos então de Duração e Permanência...
:)
(é pá, eu qq dia faço um blog, mas por enquanto, ainda não posso :()
JFC
"a vanguarda mais dura do pós-modernismo"... escrever sobre arquitectura é uma tortura... tudo "minado"...
mas os teu exemplos dão-me razão quanto à "duração" e "permanência" de alguma da obra (de alguns) dos Po-Mo
o betão é de duração limitada (mas também o que é que não é de "duração limitada"...), mas devidamente revestido, ou inteligentemente "protegido", chega a durar bem mais do que isso
(temos agora este problema da salvaguarda das obras-primas do betão do sec. XX...)
mas a posta também ia no sentido da duração "tipológica", digamos assim, das construções
as novidades das vanguardas (cá está), dão-se mal com a passagem do tempo
daqui a uns anitos (poucos) vamos ver como é que estas coisas que estão agora da moda se comportam...
pois...'inovação' a mim é uma palavra que me irrita comó caraças, porque acredito mais no trabalho sobre soluções testadas, no aprimorar da coisa conhecida, da coisa amada, da coisa repetida, as vanguardas esgotam-se depressa; mas voltando ainda à Duração e à Permanência, não concebo Arquitectura (atenção ao A grande!) sem elas; arquitectura efémera é uma contradição nos termos, não existe, acho eu; para quantas gerações é uma casa? para quantas gerações é um templo? estas merdas preocumpam-me, não encontro respostas e depois penso que é aqui, na durabilidade, que uma certa ecologia não demagógica se pode realizar...enfim, já senti na pele o 'brutalismo' inglês em versão social housing dos sixties, não queiras saber o que aquilo é man! aquilo é mesmo para demolir e não me venham com merdas!
JFC
de acordo
com a brutalidade do brutalismo (dá para ver nos filme e nos videos clips...) e com a hipótese de trabalho aberto com "uma certa (mas não com toda a) ecologia"
a inovação tb me irrita (é melhor ser bom que ser original, para citar o venturi)
mas gosto da arquitectura efémera, quando é para ser efémera (re-ver por ex. o pavilhão do siza e do souto em londres...)
enfim, é tudo uma confusão de um mundo ao contrário... um mundo de arquitectura "efémera" para necessidades "permanentes"... e vice-versa
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