Ordenado (na Claridade...) pela Arquitectura - A Fantasia do Jovem
Feliz coincidência (ou adorável perversidade?...), o a-juntamento na mesma revista (Arquitectura e Vida N.º 88 de Dezembro), do Projecto Tipo para Cinco Escolas em Angola dos arquitectos Cristina Salvador e Fernando Bagulho, com a obra do Pavilhão do Colégio Valsassina do arquitecto Francisco Valsassina (sem Aires Mateus e os associados...)
O primeiro, o Projecto Tipo para Cinco Escolas em Angola, é um projecto notável, que reinterpreta sem "traumas" neo (ou pós?...) coloniais a herança da arquitectura moderna (portuguesa... internacional...) em território angolano, e que recorda o melhor do trabalho dos arquitectos Vítor Figueiredo (veja-se a passagem exterior "rente" à sala polivalente/cantina...) ou (em Moçambique...) de José Forjaz...
O segundo, o "Valsassina" (assinatura), é, pelo contrário, a enésima e aborrecida replicação da "caixa" com revestimento a madeira para convencer a boa (ou a má) consciência eco-urbana da nova burguesia "upper class" da capital (com capital) a largar a nota (e os rebentos...) no "colégio".
Sobre o (duplo) Valsassina, escreveu Ana Tostões, a (arquitecta) autora do "texto crítico" (mas pouco...), o seguinte:
Diríamos que todo o projecto resulta da ideia de uma escola onde o desenvolvimento da vida escolar pode ser ordenado pela própria arquitectura: a ordem da forma, o volume geométrico, o cuidado no detalhe, a precisão na escolha dos materiais, a manipulação expressiva da luz são também formas de educar na claridade e no rigor (itálicos meu).
Dentro dos espaços - claros - definidos pela arquitectura, a fantasia do jovem tem a disponibilidade de construir o seu próprio espaço.
"A ordem da forma" (sem questionar ou explicitar o que a autora do "texto crítico" entende por "ordem" - ou, em "negativo", por "desordem"... - na arquitectura...), "o volume geométrico" (sem questionar ou explicitar o "tipo" - euclidiana, topológica... - de geometria...), "o cuidado no detalhe" (cuidado com as brincadeiras...), "a precisão na escolha dos materiais" (sem questionar ou explicitar a "precisão", e por assim dizer, a "intencionalidade" da escolha do revestimento em madeira...), e "a manipulação expressiva da luz"... fazem o resumo do "lugar comum" (no sentido de "ponto de encontro cultural"...) do "discurso (a) crítico" da arquitectura em Portugal.
Para educação "na claridade e no rigor" não estamos mal...
Valha-nos a fantasia...
Nota (adenda): a "intercalar" as duas escolas, a publicação (mais parva que o c...) da Ponte Pedonal "Malvarosa" em Alverca do arquitecto Miguel Arruda.
Para qualquer esclarecimento, discordância, ou concordância, já sabem... a caixa de comentários...
O primeiro, o Projecto Tipo para Cinco Escolas em Angola, é um projecto notável, que reinterpreta sem "traumas" neo (ou pós?...) coloniais a herança da arquitectura moderna (portuguesa... internacional...) em território angolano, e que recorda o melhor do trabalho dos arquitectos Vítor Figueiredo (veja-se a passagem exterior "rente" à sala polivalente/cantina...) ou (em Moçambique...) de José Forjaz...
O segundo, o "Valsassina" (assinatura), é, pelo contrário, a enésima e aborrecida replicação da "caixa" com revestimento a madeira para convencer a boa (ou a má) consciência eco-urbana da nova burguesia "upper class" da capital (com capital) a largar a nota (e os rebentos...) no "colégio".
Sobre o (duplo) Valsassina, escreveu Ana Tostões, a (arquitecta) autora do "texto crítico" (mas pouco...), o seguinte:
Diríamos que todo o projecto resulta da ideia de uma escola onde o desenvolvimento da vida escolar pode ser ordenado pela própria arquitectura: a ordem da forma, o volume geométrico, o cuidado no detalhe, a precisão na escolha dos materiais, a manipulação expressiva da luz são também formas de educar na claridade e no rigor (itálicos meu).
Dentro dos espaços - claros - definidos pela arquitectura, a fantasia do jovem tem a disponibilidade de construir o seu próprio espaço.
"A ordem da forma" (sem questionar ou explicitar o que a autora do "texto crítico" entende por "ordem" - ou, em "negativo", por "desordem"... - na arquitectura...), "o volume geométrico" (sem questionar ou explicitar o "tipo" - euclidiana, topológica... - de geometria...), "o cuidado no detalhe" (cuidado com as brincadeiras...), "a precisão na escolha dos materiais" (sem questionar ou explicitar a "precisão", e por assim dizer, a "intencionalidade" da escolha do revestimento em madeira...), e "a manipulação expressiva da luz"... fazem o resumo do "lugar comum" (no sentido de "ponto de encontro cultural"...) do "discurso (a) crítico" da arquitectura em Portugal.
Para educação "na claridade e no rigor" não estamos mal...
Valha-nos a fantasia...
Nota (adenda): a "intercalar" as duas escolas, a publicação (mais parva que o c...) da Ponte Pedonal "Malvarosa" em Alverca do arquitecto Miguel Arruda.
Para qualquer esclarecimento, discordância, ou concordância, já sabem... a caixa de comentários...
Etiquetas: Mosteiros Tecno
3 Comments:
Para críticas claras e rigorosas... depois, de folhear e passar os olhos pelo artigo em questão, tenho de admitir que achei a ponte do arq. miguel arruda, um objecto interessante, pela forma como reconstroi a paisagem circundante, pelo recorte imprevisto e movimento sinuoso e gesto declaradamente interventivo. (em oposição ás banais pontes pedonais que beiram as nossas estradas). Bolas(!),... a intençao era não explicar o motivo da presente apreciação. (do mesmo modo que a qualidade "parva" é introduzida no post). :)
Ps. Só mm porque gostava de perceber se a critica no blog é referent ao objecto ou ao artigo (que, na minha opiniao tem um discurso demasiado amador para constar numa revista especializada - Não sei pelas referências verdadeiramente "necessárias" á compreensao do projecto, das quais o modo como "a encomenda do projecto chegou ao atelier". (Na verdade é sempre bom saber que foram os "bons serviços reconhecidos pela autarquia". Tenho a certeza que o arq. Miguel e a sua equipa ficaram sensibilizado com o toque.)
muito obrigado, margarida...
a crítica é (abjecta, ou parva, como muito bem diz...) ao "objecto" (salvo seja...) do Arruda.
o texto "crítico" do saudoso prof. Toussaint, que me merece todo o respeito e consideração pessoal e profissional, também não achei (desta vez não apreciei...) nada feliz...
a revista arquitectura e vida, tem essa agradável "ambiguidade", que resulta da ambição de querer agradar a gregos (os "profissionais") e a troianos (ou "outros"...)
prefiro assim... de revistas "académicas" estão as bancas cheias...
voltando à crítica... eu conheço a ponte, e conheço (quase bem demais...) o "local da intervenção"...
a partida a ponte tem qualidades... é, como diz, melhor que o triste costume do recurso aos pré-fabricados mais banais... mas, ainda assim, apresenta uma série de fragilidades de "desenho" que me irritam sobremaneira (a pior das quais o "arranque" rente à estrada e ao barulho e poluição do trânsito automóvel do lado da nova urbanização...)
ps... também fiquei a martelar nos "bons serviços prestados"...
boa. sempre fiquei a pensar que, pelo comentário tardio, (e depois de cá vir algumas vezes confirmar) nunca chegaria a ter resposta. :)
obrigad.
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