sábado, outubro 13, 2007

Arquitectura Religiosa

Segundo o artigo "As igrejas que irão marcar o século XXI" de Maribela Freitas e Marisa Antunes (nomes a reter...) publicado no suplemento imobiliário do jornal Expresso "espaços & casas", a igreja projectada por José Dias Coelho para o Parque das Nações em Lisboa apresenta, como sinal dos novos tempos, uma verdadeira inovação: a criação de uma sala "baby-sitting" com uma montra de vidro e uma coluna de som para os pais dos rebentos mais chorosos continuarem a assistir à missa (...)

(... dá para imaginar uma coisa destas... os "rebentos" a... a "sujar" a "montra de vidro" com "baba e ranho" enquanto os pais... "assistem"...)

Quanto à "estética" do edifício, escrevem as autoras do artigo: Imprescindível é, no entanto, não cair no modernísmo exacerbado que chegue ao ponto de descaracterizar esteticamente o aspecto visual da igreja. Como graceja Dias Coelho, "é fundamental que se perceba que o edifício é uma igreja e não um centro comercial"

"Cair" no "modernismo exacer-bardo" - veja-se a arquitectura "exacerbada" e (literalmente...) "comercial" do "shopping" ("urbano"...) do Vivaci Guarda da autoria do atelier Promontório na página anterior... - sim, cair no "modernismo exacer-bardo", pode ser realmente muito "aborrecido"... e potencialmente perigoso...
Não confundir (nunca!) os templos para o consumo da fé com os templos para a fé no consumo.
O Siza diz (e se o Siza diz...) que "a dimensão espiritual está presente em toda a arquitectura que mereça ser chamada arquitectura", mas os "deslumbrados" (com a palavra do Senhor...) que o (re) neguem (três vezes).
... por mim está bem assim... cada macaco (vais para o inferno!...) no seu galho. A igreja não é dos homens - é divina! - e nunca (nunca!) "acusou" tentações comerciais.
A billboard with a (generic) building behind it... ring any bell!?
Am(i)éns...

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"é fundamental que se perceba que o edifício é uma igreja e não um centro comercial"

Nossa senhora dos navegantes +
'inspiração nautica' + torre sineira em forma de proa + coberturas que desenham as curvas do mar..
O que me parece é que Lisboa fica a ganhar mais um centro comercial a juntar ao seu extenso porfolio de mediocridade.

12:56 p.m.  
Blogger AM said...

precisamente, caro pedro antunes (obg pelo coment...)
são as nossas velhas conhecidas patologias do desenho...
uma igreja junto ao rio? vai ("mascarada") de barco!
um pavilhão multi-usos, dito do atlântico?
nem vale a pena pensar duas vezes... sai um casco invertido... e se for em madeira ainda melhor, que sempre passa por "verde"...
não há pachorra

1:43 p.m.  

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