domingo, setembro 30, 2007

Ars Combinatoria

Olá GAD

Mais uma vez mt obg pelo teu comentário.
O anúncio é "deveras" fantástico!... e o mais "giro" é que é um bom espelho da maneira como muitos dos nossos "melhores" (e mais bem "sucedidos"...) colegas e quase todos os me(r)dias da "generalidade" (e da "especialidade"...), "reflectem" (n) a arquitectura. "Pensam" (n) a arquitectura como um "bolo" (bem) esgalhado às três pancadas... tudo muito "moderno" e (mais "pala" menos "pala"...) "regionalista", com uma(s) parede(s) "forrada(s)" a "xisto" para melhor "integração" na paisagem e caixilhos "deslizantes" com vista para a (paisagem) da casa (igualmente "moderna") do vizinho... "Bernardo".
Umas vezes sai "arquitectura" bolo-mármore (a "mixórdia" do Távora), outras vezes sai "arquitectura" bolo-rei (como os monos dos holandeses... com um buraco muito grande... mas deve ser para dar nas vistas...) E por aqui me fico (ou não) que as metáforas (depois de usadas) dão (dão sempre) para outra(s) posta(s).
Diz que é uma espécie de "Manual de Instruções", ou, em alternativa um pouco mais "erudita", uma espécie de "ars combinatoria"... pró-chunga, "claro".
O mais engraçado disto tudo é que quanto mais a casa "mexe" menos a arquitectura (desta vez sem aspas) "pula e avança"... É tudo tão estético, tão “estático”, que até aborrece... mas todos aprendemos (com O leopardo), como é necessário que algumas coisas "mexam", para que tudo (e também na arquitectura...) fique na mesma.
A "ideia" de "arquitectura" que está por detrás (SIC) da "casa-a-mexer", está para a arquitectura, como a "televisão em movimento" do Big Show Sic, está para a televisão (um optimista sem emenda...) propriamente dita.
O "bolo original" fica em S. Pedro de Moel, terra com muita e boa (ou apenas curiosa e divertida) arquitectura "pré-moderna" (à atenção do Scruton...), moderna (e "moderna"), e pós-moderna (ou somente pós-modernista?...), do Raul Lino, ao...
Se o "sangue novo" da nossa melhor "inteligência" não estivesse (que negligência...) muito okupado (na veia) a concluir mestrados em Barcelona (quer levar um estalo?...) com temáticas imprescindíveis para o futuro do ofício, como as que versam sobre "As implicações das estratégias de uma discursividade transdisciplinar na morte (por hibridismo...) da arquitectura"... até podia ser que...
Assim, e por enquanto, só mesmo aqui na blogosfera...

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4 Comments:

Blogger Gonçalo Afonso Dias said...

Pois... (como eu gosto desta palavra que tudo diz e não quer dizer nada!)
Vivemos na era da "pastelaria"...
Uma besta de um engenheiro, por acaso Vereador de uma conhecida Câmara Municipal, disse (nim almoço solene em Bilbao)para a reduzida audiência de 8 pessoas (incluindo eu), no meio de incontidas cuspidelas, que "quem não gosta de bolos não tem sentido de humor..."
Fiquei fodido. Primeiro porque nunca gostei de bolos.
Segundo porque acho que o "sentido de humor" é a coisa mais subjectiva e indivudual que existe.
Um "peido" no momento certo, pode ser uma manifestação de um apurado e inteligente sentido de humor...
Venham, por isso, mais bolos que nos provoquem sonoros e oportunos peidos!

1:02 da manhã  
Blogger AM said...

fico à espera de uma teoria da pastelaria da arquitectura para jovens (ou menos jovens) "arquitectos" pasteleiros

dou o pontapé de saída... sobre a arquitectura (culinária) do "gomado": "há um talento visível em gelar as superfícies, em arredondá-las (era o que eu dizia...), em enterrar o alimento debaixo de sedimento liso dos molhos, dos cremes, dos fundentes e das geleias". Tudo isso tem a ver com a própria finalidade do gomado, que é da ordem do visual (...)"

Roland Barthes (+ 1 vez), "na" cozinha ornamental (+ 1 vez) do mitologias (+ 1 vez)

quanto aos peidos, concordo que sim
gosto muito, cada vez mais, do Benny Hill...

9:26 da tarde  
Blogger Frioleiras said...

arquitectos pasteleiros...
engraçada a imagem e... verídica !

11:27 da tarde  
Blogger AM said...

obg, frioleiras :)

11:40 da tarde  

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