A Modista (Euro Link)
Pior que ler (a) Alexandra Prado Coelho (sem pronome, mas com apelido) a perorar e a extrapolar no Ípsilon do Público de hoje, sobre as declarações da dupla de Komissários (XX) das exposições Eurovisão e Euronews da TAL e sobre a arquitectura portuguesa da segunda metade do séc. XX (e seguintes...), só mesmo condescender em alinhar (e "flutuar"...) com as alucinações Kolectivas desta minha gente...
Analisemos... irmãos:
Foi entre 1945 e 55 (um pouco antes do "Ele e Ela", que Madalena Iglésias só cantaria no festival de 66) que Athouguia fez, com Formozinho Sanchez, aquele que é considerado o primeiro edifício que reflecte os princípios modernos.
Ora de 45 a 55 a 66... assim por alto e salvo erro... "façam as contas"...
Que qualquer espécie (ou réstia) de rigor, não impeça ou incomode a dupla de Komissários em Komissão de serviço nos Irmãos da Grande Ordem, de traçar os mais absurdos "paralelos" entre música(s) e arquitectura(s):
... entre a "Desfolhada" e a "gravata ao vento"!...
... entre Madalena Iglésias e Athouguia / Formozinho Sanches
... entre as Doces e o Siza do "Bonjour Triestesse" (não teria sido melhor escolher - cantiga e edifício - a "Salsa das Amoreiras"?... ah, pois!... essa não foi à eurovisão...)
Leiam a seguinte:
E assim se chega ao 25 de Abril. Paulo de Carvalho canta "E depois do Adeus" e os arquitectos lançam-se na habitação social."
Ainda bem que não ouviram o The Idiot da Iguana Pop, porque senão (quem sabe...) em vez de se "lançarem" na habitação social, corriam o risco (como o Ian Curtis...) de se "lançarem" (como as baleias...) no suicídio Kolectivo que sempre era mais conforme ao espírito "existencial" (e aos perigosos colarinhos...) da época. Eu sei que o The Idiot é de 1977, mas eu daqui (do deserto) pró-reclamo (em sentida homenagem aos "reclames" e às páginas amarelas do "papel de parede" da exposição Eurovisão) o mesmo direito de andar às reboletas e às cambalhotas pela história, que assiste aos Komissários da TAL...
Que muita desta arquitectura que os Komisários resolveram "sel(l)-e-(sec)cionar" tenha sido pensada e construída (em consciente "forma" e "acto de resistência"...) "CONTRA" o Portugal "tele-(euro)visionado" do antigo regime, não parece ter qualquer importância. É o famoso "grau zero" (RB) em ideologia.
Sonorizar arquitectura (vide exposição Hestnes Ferreira no ISCTE...), com a música que os seus autores possam gostar (ou pudessem ter gostado...) de ouvir, também não lhes terá passado pelo altíssimo cocuruto...
Entre a "realidade" convencional e ordinária de uma (não) ideia velha e gasta, e o heróico "achado" conceptual do "leitmotiv" estruturante (agora estive "bem"...) do Euro (Visão e News) "link", a questão nem se coloca(va)...
Re-começando... Se o "objectivo" da exposição era propor uma "leitura (ou uma "audição"...) paralela" entre músicas "pop-pulares" (salta!) e "edifícios que deveríamos reconhecer (e) que contam a história dessas épocas" e também "fazer a prova" (?) que "a arquitectura não é uma coisa à parte da sociedade, (e) que só alguns percebem", não teria sido preferível "trocar":
- o "anónimo" (e infelizmente "maltratado"...) Bairro das Estacas, pelo "acarinhado" Bloco das "Águas Livres"
- a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, pelo famoso e "polémico"... "Franjinhas"
- a (cinema-to-gráfica...) Zona J de Chelas, pelas icónicas ("avant la lettre"...) Amoreiras
- o Mercado (é "sagrado"?...) de Vila da Feira, pela "civilizada" e "europeia" FCG
- a "Pantera Cor-de-Rosa", já não digo pelos vizinhos "Cinco Dedos" do esquecido Vítor Figueiredo..., mas pelo "ponta-de-lança" dos Starchitects europeus em Portugal na presença da "Obra-Prima" do Cavaquistão - o ("estrangeiro") CCB... (mesmo que para TAL - ah, mas então... os colhões!... - fosse necessário "sacrificar", e "trocar", o Byrne pelo "ensonso"...)
- o Fai Chi Kei, pela igualmente polémica intervenção "pós-moderna" no "património" da "Casa dos Bicos"
- o "Bonjour Tristesse", pelo mais conhecido Pavilhão (da pala) de Portugal na Expo...
- "S. Vítor", pelas Piscinas de Leça, "provavelmente" e salvo melhor opinião, "apenas" a melhor obra da arquitectura portuguesa do século XX... assim como não quer a coisa e em jeito de "antecipação" tipo-lógica (escolha discutível... para quem tem e "pode" com a "insuperável" Fundação Iberê-Camargo de Porto Alegre...) das piscinas de Barcelona.
Mas, mais que fazer "ascender" a arquitectura portuguesa mais (ou menos) recente ao patamar que a música popular okupa no "espaço" (metáfora musical...) do imaginário popular Kolectivo, e "para além" do "pré-texto" das obras singelamente "foto-grafadas" (às paredes), parece ser "outro", o confesso "objectivo" dos Komissários.
Em discurso directo:
"Quisermos mostrar a arquitectura num contexto poluído por imagens, sons, cores", diz (Jorge) Figueira. "Tradicionalmente, a arquitectura em Portugal é mostrada de uma forma muito purista, formal, abstracta. O que queremos é mostrar como os arquitectos são sensíveis às modas, às questões gráficas, às canções."
Pela minha parte (pela vossa parte...), já estava esclarecido.
Analisemos... irmãos:
Foi entre 1945 e 55 (um pouco antes do "Ele e Ela", que Madalena Iglésias só cantaria no festival de 66) que Athouguia fez, com Formozinho Sanchez, aquele que é considerado o primeiro edifício que reflecte os princípios modernos.
Ora de 45 a 55 a 66... assim por alto e salvo erro... "façam as contas"...
Que qualquer espécie (ou réstia) de rigor, não impeça ou incomode a dupla de Komissários em Komissão de serviço nos Irmãos da Grande Ordem, de traçar os mais absurdos "paralelos" entre música(s) e arquitectura(s):
... entre a "Desfolhada" e a "gravata ao vento"!...
... entre Madalena Iglésias e Athouguia / Formozinho Sanches
... entre as Doces e o Siza do "Bonjour Triestesse" (não teria sido melhor escolher - cantiga e edifício - a "Salsa das Amoreiras"?... ah, pois!... essa não foi à eurovisão...)
Leiam a seguinte:
E assim se chega ao 25 de Abril. Paulo de Carvalho canta "E depois do Adeus" e os arquitectos lançam-se na habitação social."
Ainda bem que não ouviram o The Idiot da Iguana Pop, porque senão (quem sabe...) em vez de se "lançarem" na habitação social, corriam o risco (como o Ian Curtis...) de se "lançarem" (como as baleias...) no suicídio Kolectivo que sempre era mais conforme ao espírito "existencial" (e aos perigosos colarinhos...) da época. Eu sei que o The Idiot é de 1977, mas eu daqui (do deserto) pró-reclamo (em sentida homenagem aos "reclames" e às páginas amarelas do "papel de parede" da exposição Eurovisão) o mesmo direito de andar às reboletas e às cambalhotas pela história, que assiste aos Komissários da TAL...
Que muita desta arquitectura que os Komisários resolveram "sel(l)-e-(sec)cionar" tenha sido pensada e construída (em consciente "forma" e "acto de resistência"...) "CONTRA" o Portugal "tele-(euro)visionado" do antigo regime, não parece ter qualquer importância. É o famoso "grau zero" (RB) em ideologia.
Sonorizar arquitectura (vide exposição Hestnes Ferreira no ISCTE...), com a música que os seus autores possam gostar (ou pudessem ter gostado...) de ouvir, também não lhes terá passado pelo altíssimo cocuruto...
Entre a "realidade" convencional e ordinária de uma (não) ideia velha e gasta, e o heróico "achado" conceptual do "leitmotiv" estruturante (agora estive "bem"...) do Euro (Visão e News) "link", a questão nem se coloca(va)...
Re-começando... Se o "objectivo" da exposição era propor uma "leitura (ou uma "audição"...) paralela" entre músicas "pop-pulares" (salta!) e "edifícios que deveríamos reconhecer (e) que contam a história dessas épocas" e também "fazer a prova" (?) que "a arquitectura não é uma coisa à parte da sociedade, (e) que só alguns percebem", não teria sido preferível "trocar":
- o "anónimo" (e infelizmente "maltratado"...) Bairro das Estacas, pelo "acarinhado" Bloco das "Águas Livres"
- a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, pelo famoso e "polémico"... "Franjinhas"
- a (cinema-to-gráfica...) Zona J de Chelas, pelas icónicas ("avant la lettre"...) Amoreiras
- o Mercado (é "sagrado"?...) de Vila da Feira, pela "civilizada" e "europeia" FCG
- a "Pantera Cor-de-Rosa", já não digo pelos vizinhos "Cinco Dedos" do esquecido Vítor Figueiredo..., mas pelo "ponta-de-lança" dos Starchitects europeus em Portugal na presença da "Obra-Prima" do Cavaquistão - o ("estrangeiro") CCB... (mesmo que para TAL - ah, mas então... os colhões!... - fosse necessário "sacrificar", e "trocar", o Byrne pelo "ensonso"...)
- o Fai Chi Kei, pela igualmente polémica intervenção "pós-moderna" no "património" da "Casa dos Bicos"
- o "Bonjour Tristesse", pelo mais conhecido Pavilhão (da pala) de Portugal na Expo...
- "S. Vítor", pelas Piscinas de Leça, "provavelmente" e salvo melhor opinião, "apenas" a melhor obra da arquitectura portuguesa do século XX... assim como não quer a coisa e em jeito de "antecipação" tipo-lógica (escolha discutível... para quem tem e "pode" com a "insuperável" Fundação Iberê-Camargo de Porto Alegre...) das piscinas de Barcelona.
Mas, mais que fazer "ascender" a arquitectura portuguesa mais (ou menos) recente ao patamar que a música popular okupa no "espaço" (metáfora musical...) do imaginário popular Kolectivo, e "para além" do "pré-texto" das obras singelamente "foto-grafadas" (às paredes), parece ser "outro", o confesso "objectivo" dos Komissários.
Em discurso directo:
"Quisermos mostrar a arquitectura num contexto poluído por imagens, sons, cores", diz (Jorge) Figueira. "Tradicionalmente, a arquitectura em Portugal é mostrada de uma forma muito purista, formal, abstracta. O que queremos é mostrar como os arquitectos são sensíveis às modas, às questões gráficas, às canções."
Pela minha parte (pela vossa parte...), já estava esclarecido.
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