"Mínimo de Qualidade"
A revogação do 73/73"não fará o milagre de transformar todas as construções em obras-primas da arquitectura, mas assegura um mínimo de qualidade".
Helena Roseta (?) Público, 19 de Maio de 2006
"Mínimo de qualidade"... é a isto que está reduzida a ambição dos representantes da "Ordem". Porque, certo, ninguém espera uma obra-prima em cada esquina... são "primas" (as obras) - precisamente - por serem poucas... por serem a "excepção"... mas de que nos serve reclamar um estatuto de (corporativa) "exclusividade", em nome do cumprimento dos "mínimos"?
"No final da votação, Helena Roseta, presidente da Ordem dos Arquitectos, sentada na galeria e rodeada por cerca de 200 arquitectos, levantou os dois polegares, em sinal de vitória." Público.
A revogação do decreto, se de uma vitória se trata, não passa de uma vitória com sabor muito amargo... ou alguém dúvida, que no estado (da selva) a que o estado das coisas na profissão chegou, o "canudo", a "licenciatura" (e posterior ingresso na "ordem", da ordem da "estética"...), obtido nas públicas ou nas privadas é o que menos trabalho dá.
A "revogação" do 73/73, vêm, se vier... se chegar, a vir-se, com 10, 15, 20 anos de atraso. O que é muito ano... em atraso. Agora já não têm importância nenhuma. A "revogação" do 73/73, não vai afastar, aqueles que pretende afastar, do "exercício" da arquitectura. Os "agentes técnicos", licenciam-se e inscrevem-se, os engenheiros, "subcontratam" arquitectos para "estudar" a "planta" e "compor" (enfeitar) os alçados, "antes" da solução do "projecto do betão".
É deles, por mérito próprio e demérito alheio ("nosso"), uma grande parte das quotas do mercado (da arte de pescar clientes), e serão eles a impor as regras. É o mercado, estúpido!
Hoje, ao "viajar" (em trabalho, não vão ficar a pensar que foi em passeio...) fiz um (curto) desvio (com que então...) para rever a moradia dos ARX em Melides. Para ver isto, questionaram-me.
A verdade, a dura verdadinha, a tal do (país) "Real", é que não é "arquitectura de arquitectos" (nem preços de arquitecto) o que muitos querem, para as suas casas... para as suas cidades... para as suas vidas.
Podemos, como também diz o João, ignorá-los, "arrogantemente", em nome do seu (deles) mau gosto, e da nossa (pretensa) "erudição"...
Podemos, populistas (ou simples derrotistas), "trocar o corpo pela alma"...
Podemos perseguir todas as terceiras vias do exercício da profissão, agradando à esquerda e à direita, por assim dizer e para evitar aquela dos gregos e troianos, que não está "revogada"!
Podemos tudo. O que não podemos, o que não fica nada bem à nossa pomposa "superioridade" encartada e "ordenada", é queixarmo-nos, "os duzentos", (quais queixinhas) na assembleia!
A revogação é boa para o alívio das nossas boas consciências, pessoais... colectivas... de classe. Espectacular, para os que verboreiam contra os mamarrachos e as "elevadas densidades" e, com (muito) dinheiro para isso, imaginam um Minho Souto de Moura e um (litoral) Alentejo Aires Mateus, onde ("liberais"), respectivamente, "habitam" (morar é para os pobres) e "recuperam energias" das esgotantes "performances" urbanas... Pois! Mas, novidade, o país da nostalgia salazarista, já não existe (ou está em vias de desaparecer), foi um a(i)r(e) que lhe deu!
Estava para ser um posta curta... e onde é que isto já vai. A "ver" vamos, como dizia o outro.
Helena Roseta (?) Público, 19 de Maio de 2006
"Mínimo de qualidade"... é a isto que está reduzida a ambição dos representantes da "Ordem". Porque, certo, ninguém espera uma obra-prima em cada esquina... são "primas" (as obras) - precisamente - por serem poucas... por serem a "excepção"... mas de que nos serve reclamar um estatuto de (corporativa) "exclusividade", em nome do cumprimento dos "mínimos"?
"No final da votação, Helena Roseta, presidente da Ordem dos Arquitectos, sentada na galeria e rodeada por cerca de 200 arquitectos, levantou os dois polegares, em sinal de vitória." Público.
A revogação do decreto, se de uma vitória se trata, não passa de uma vitória com sabor muito amargo... ou alguém dúvida, que no estado (da selva) a que o estado das coisas na profissão chegou, o "canudo", a "licenciatura" (e posterior ingresso na "ordem", da ordem da "estética"...), obtido nas públicas ou nas privadas é o que menos trabalho dá.
A "revogação" do 73/73, vêm, se vier... se chegar, a vir-se, com 10, 15, 20 anos de atraso. O que é muito ano... em atraso. Agora já não têm importância nenhuma. A "revogação" do 73/73, não vai afastar, aqueles que pretende afastar, do "exercício" da arquitectura. Os "agentes técnicos", licenciam-se e inscrevem-se, os engenheiros, "subcontratam" arquitectos para "estudar" a "planta" e "compor" (enfeitar) os alçados, "antes" da solução do "projecto do betão".
É deles, por mérito próprio e demérito alheio ("nosso"), uma grande parte das quotas do mercado (da arte de pescar clientes), e serão eles a impor as regras. É o mercado, estúpido!
Hoje, ao "viajar" (em trabalho, não vão ficar a pensar que foi em passeio...) fiz um (curto) desvio (com que então...) para rever a moradia dos ARX em Melides. Para ver isto, questionaram-me.
A verdade, a dura verdadinha, a tal do (país) "Real", é que não é "arquitectura de arquitectos" (nem preços de arquitecto) o que muitos querem, para as suas casas... para as suas cidades... para as suas vidas.
Podemos, como também diz o João, ignorá-los, "arrogantemente", em nome do seu (deles) mau gosto, e da nossa (pretensa) "erudição"...
Podemos, populistas (ou simples derrotistas), "trocar o corpo pela alma"...
Podemos perseguir todas as terceiras vias do exercício da profissão, agradando à esquerda e à direita, por assim dizer e para evitar aquela dos gregos e troianos, que não está "revogada"!
Podemos tudo. O que não podemos, o que não fica nada bem à nossa pomposa "superioridade" encartada e "ordenada", é queixarmo-nos, "os duzentos", (quais queixinhas) na assembleia!
A revogação é boa para o alívio das nossas boas consciências, pessoais... colectivas... de classe. Espectacular, para os que verboreiam contra os mamarrachos e as "elevadas densidades" e, com (muito) dinheiro para isso, imaginam um Minho Souto de Moura e um (litoral) Alentejo Aires Mateus, onde ("liberais"), respectivamente, "habitam" (morar é para os pobres) e "recuperam energias" das esgotantes "performances" urbanas... Pois! Mas, novidade, o país da nostalgia salazarista, já não existe (ou está em vias de desaparecer), foi um a(i)r(e) que lhe deu!
Estava para ser um posta curta... e onde é que isto já vai. A "ver" vamos, como dizia o outro.
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